Concurso artístico El Paisaje a través de mi ventana
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Associação Mural Sonoro 1
Cadernos de Arte e Antropologia
CfP "A Sonic Anthropocene – Sound Practices in a Changing Environment" / "Antropoceno Sónico – Práticas Sonoras para um Ambiente em Mudança"
Deadline: 31/07/2020
Since it was first proposed in the early 2000s, the concept of the Anthropocene has gained currency as an interpretive framework to critically examine the increasing impact of human activity on the environment, suggesting the beginning of a new geological epoch. The extension of human agency over the functioning of Earth systems has caused mass transformations upon various material scales, leaving an imprint that has been considered a global geophysical force. This has further problematized both the epistemic and pragmatic application of the nature/culture divide, raising questions about the methodological intervention of various disciplinary fields.
Along with the prolific visual culture developed with the Anthropocene hypothesis - including a large number of infographics, maps and visual documentation of planetary transformations - the present socio-ecological changes equally require practices of listening and aural documentation that register the transformations in the acoustic landscapes of cities and natural environments. These practices of listening and aural documentation might further the capacity of registering the transient space that the Anthropocene occupies in the material domain, while opening up a space for an extended sensibility that accounts for transformations across scales, from the molecular to the societal and the planetary. This space of potential proposed by the Sonic Anthropocene brings forward new possibilities for involving aural documentation tools in environmental affairs, while holding on to the critiques addressed to previous ecological debates initiated in the sonic field, such as is the case of the acoustic ecology movement.
The Sonic Anthropocene attempts to devise critical and practical methodologies that place renewed attention in the registration of how a location’s soundscape shapes the possibilities for listening and sounding of situated people and other living entities, having into account the transformations of the surrounding environment, and the crescent pressure of exponentially industrialized societies and gentrified urban landscapes. From the hums and sonic bursts of deep sea drilling to the prospect of silent springs to come, by way of the trolley rattling and engineered-for-authenticity sonic ambiances of the tourist city, listening to Anthropocene topologies invites for new reflections on scale, presence, permanence, agency and the experience underlyed by the present political moment.
This special issue of Cadernos de Arte e Antropologia seeks to make a contribution to these reflections by placing sound at the centre of an interdisciplinary conversation about the economic, social, cultural, political and ecological processes that underlie the current planetary transformations. We would like to encourage scholars, artists and practitioners from a diverse range of disciplines to submit proposals for articles, sonic essays or mixed media contributions that may address topics that are related, but not limited to:
Sonic ecoactivism and the ecological crisis
Biopolitics of natural soundscapes
The sustainability of sonic urban ambiances
Sonic ecosystems and the ecological dimension of sound and music
Alternative sonic forms of solidarity and being-together in times of uncertain futures
Sound art and Environmental Fictions
Sounding the environment across scales
Environmental spectralities and nonhuman audition
Sonic responses to the COVID-19 pandemic
Soundscape as site of negotiation and controversy
We encourage proposals comprising sonic and/or visual forms as well as mixed media. Please check the journal’s Section Policies. All contributions should be submitted online and follow the rules for submission indicated on the journal’s website (http://cadernosaa.revues.org/). Prospective contributors with questions regarding the potential suitability of topics, editorial expectations, or any other questions with regard to this special issue are invited to contact the Guest Editors directly by email to isanchez@fcsh.unl.pt.
CfP "Antropoceno Sónico – Práticas Sonoras para um Ambiente em Mudança"
Desde que foi proposto pela primeira vez no início do século, o Antropoceno ganhou força como um enquadramento interpretativo para examinar criticamente oimpacto crescente da atividade humana no meio ambiente, sugerindo o início de uma nova época geológica. A extensão da ação humana sobre o funcionamento dos sistemas terrestres causou transformações em massa em várias escalas materiais, deixando uma marca que tem sido considerada uma força geofísica global. Estes eventos problematizam a aplicação epistémica e pragmática da divisão natureza / cultura, levantando questões sobre a intervenção metodológica de vários campos disciplinários.
A par da prolífica cultura visual desenvolvida em torno da hipótese do Antropoceno - incluindo um grande número de infografias, mapas e documentação visual das transformações planetárias - as atuais mudanças sócio-ecológicas exigem igualmente práticas de escuta e documentação auditiva que registem as transformações nas paisagens acústicas das cidades e dos ambientes naturais. Essas práticas de escuta e documentação auditiva podem aumentar a capacidade de registar o espaço transitório que o Antropoceno ocupa no domínio material, ao mesmo tempo que abre espaço para uma sensibilidade expandida que explica as transformações ao longo de várias escalas, do molecular, ao social e planetário. Este espaço de potencial proposto pelo Antropoceno sónico apresenta novas possibilidades para envolvers ferramentas de documentação auditiva nos assuntos ambientais, não esquecendo as críticas levantadas por debates ecológicos iniciados anteriormente no campo sonoro, como é o caso do movimento da ecologia acústica.
O Antropoceno sónico tenta propor metodologias críticas e práticas que dirijam uma atenção renovada ao registo do modo como a atmosfera sonora de um local molda as possibilidades de ouvir e fazer soar de pessoas situadas e outras entidades vivas, tendo em conta as transformações do ambiente circundante, bem como a crescente pressão de sociedades exponencialmente industrializadas e paisagens urbanas gentrificadas. Dos zumbidos e explosões sonoras da perfuração no mar profundo, à prospetiva de primaveras silenciosas vindouras, entre o ressoar dos trolleys e os ambientes sonoros desenhados para recriar a autenticidade da cidade turística, escutar as topologias do Antropoceno convida a novas reflexões sobre escala, presença, permanência, agência e a experiência subjacente ao momento político atual.
Este dossiê dos Cadernos de Arte e Antropologia procura contribuir para estas reflexões, colocando o som no centro de uma conversa interdisciplinar sobre os processos económicos, sociais, culturais, políticos e ecológicos que potenciam as atuais transformações planetárias.
Convidamos investigadores, artistas e profissionais de diversas disciplinas a enviar propostas de artigos, ensaios sonoros ou contribuições de mixed media que possam abordar tópicos relacionados, mas não limitados a:
Ecoativismo sónico e a crise ecológica
Biopolítica das paisagens sonoras naturais
A sustentabilidade de ambientes urbanos sónicos
Ecossistemas sónicos e a dimensão ecológica do som e da música
Formas sonoras alternativas de solidariedade e união em tempos de futuro incerto
Arte sonora e ficções ambientais
Escutar o ambiente através de várias escalas
Espectralidades ambientais e audição não-humana
Respostas sónicas à pandemia do COVID-19
A paisagem sonora como espaço de negociação e controvérsia
Todas as contribuições devem ser submetidas pelo portal da revista Cadernos de Arte e Antropologia e estar em acordo com as regras para submissão de artigos definidas no portal (http://cadernosaa.revues.org/). Gostaríamos de incentivar propostas que incluam elementos sonoros e/ou visuais, assim como "mixed media" (ver Políticas de Seção no site da revista). Questões sobre a adequação potencial de tópicos, expectativas editoriais ou quaisquer outras perguntas relacionadas a este número especial podem ser dirigidas à equipa editorial convidada diretamente através do endereço de e-mail isanchez@fcsh.unl.pt.
exibição do filme A Guitarra de Coimbra de Soraia Simões de Andrade seguida de conversa com a realizadora
INFO TAGV:
documentário sobre a guitarra de Coimbra que nos narra os caminhos deste instrumento musical
Soraia Simões de Andrade é a autora do documentário sobre a guitarra de Coimbra que nos narra os caminhos deste instrumento musical desde o berço até à contemporaneidade. Uma reflexão pessoal sem restrições, onde a representação das mulheres, os mais importantes construtores, a boémia, a história coimbrã e a diversidade dos contextos culturais em que se insere a guitarra de Coimbra, popularizada por Artur e Carlos Paredes em Lisboa e no resto do mundo, têm palco. O desafio do documentário é contar a história deste património imaterial da Coimbra popular, com a ajuda de intérpretes mulheres e intérpretes homens, documentos inéditos, estudiosos, espaços de referência e… a poesia que lhe subjaz.
Soraia Simões de Andrade tem como principais interesses como investigadora, nos quais tem trabalhado nos últimos anos, a história oral, os arquivos digitais, as práticas musicais em contextos de revolução política e ideológica, a relação entre música, memória e género. Autora da Mural Sonoro, plataforma digital criada em 2011, dirige a Associação cultural Mural Sonoro desde 2014 e é investigadora integrada do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Publicou as obras “Passado – Presente. Uma viagem ao Universo de Paulo de Carvalho” (Outubro de 2012), “RAPublicar. A micro-história que fez história numa Lisboa adiada” (Junho de 2017, Editora Caleidoscópio) e lança agora “Fixar o Invisível. Os primeiros Passos do RAP em Portugal” (Setembro de 2019, Editora Caleidoscópio) resultado da sua investigação académica. É autora do podcast Mural Sonoro (2018), subjugado ao tema “mulheres na música, papéis, reportórios de luta e resistências” e autora e realizadora do filme “A Guitarra de Coimbra” (2019, RTP2). Em Agosto de 2014 foi distinguida com o Prémio Megafone Sociedade Portuguesa de Autores.
DATA
08, Janeiro 2020
HORÁRIO
18H00
DURAÇÃO
53 min
FAIXA ETÁRIA
para todos os públicos
PREÇO
entrada gratuita
[1] por Ana Biscaia e Inês Brasão
Fêmea, uma História Ilustrada das Mulheres, é um livro feito de 36 pequenas histórias ilustradas.
A sua organização não foi regida pelos princípios da cronologia ou da exaustividade, mas da possibilidade de suscitar o questionamento e o debate em torno de cada um dos fragmentos.
É, neste sentido, uma obra em aberto, uma vez que deixa ao leitor o aprofundamento das histórias que forem do seu interesse. Fêmea.. deixa a janela aberta a muitas perguntas e é feita de perguntas, também, suscitando um exercício de relação entre o passado e o presente, o adquirido e por adquirir, a redutora visão do binarismo de género, o poder, o corpo e a construção da intimidade, e, sobretudo, um exercício que não se conforma em deixar invisíveis as mulheres com que nos cruzamos nas ruas.
Não partimos de uma linha de tempo formal e academicamente constituída. Este foi um projeto criado em forma de árvore (a mulher), a partir de onde crescem três ramos dedicados aos Artefactos, Manifestos e Territórios.
Uma particularidade que não pode ser escamoteada é o facto de este livro ter tido como fundamento o equilíbrio entre a narrativa visual e a narrativa escrita, sem qualquer vislumbre de sobrepeso de uma sobre a outra. Fêmea.. associa a potência da imagem à palavra, e iguala a letra ao risco.
Nesse diálogo, imagem e palavra convocam reflexões sem guião pré-definido, na esperança de que se queiram abrir portas e partir espelhos ali refletidos. Trata-se de 36 sínteses históricas que gostávamos pudessem vir a contribuir, também, para uma educação sobre as questões de género, essencial nos dias que correm.
Fêmea é, também, um livro que subtendeu uma da vontade de falar de desejo na história das mulheres. Sabemos que a história oficial fez das mulheres sujeitos sem história. Fez das mulheres sujeitos sem desejo de falar, de se exprimir, de ter prazer, de se associar a partidos ou a causas. Fez delas profissionais de desejo, material de desejo, mas não sujeito de desejo. Fez da mulher um sujeito sem direito ao desejo de não fazer nada.
Assim, este livro assume que uma das melhores formas de se entender esta História é ver em cada um dos temas um movimento contrário ou adjuvante da identificação da mulher enquanto sujeito de desejo. Não apenas de um desejo físico, mas de um desejo ligado à ação de ter voz.
No capítulo dos Artefactos, elegemos 12 objetos que marcam transformações na relação da mulher com o seu corpo, o seu esforço ou a sua identidade, sempre em curso. A meia de seda, a pílula, o baú da noiva, a revista, a bicicleta, a máquina de lavar a louça ou o diário, entre outros, são usados como categorias que desencadeiam discussões. Falamos de objetos cujo valor simbólico tentámos que fosse transcultural.
A sua chegada ao contacto com o corpo feminino terá sido concretizada em diferentes temporalidades, e para propósitos diferentes, mas persistem como uma espécie de diques no curso de um rio. De algum modo terão causado um sobressalto, ainda que seja controverso, algumas vezes, o quanto a sua invenção e difusão terá representado sobretudo um projeto emancipatório ou, por outro lado, um projeto que reproduz as condições de desigualdade na relação com o mundo.
No capítulo dos manifestos, são representados 12 contextos singulares que introduziram disrupções no manto da história dos papéis. Não são, muitas das vezes, histórias felizes. Ali figuram mulheres que, a partir das adversidades que enfrentaram, incendiaram o horizonte de focos de tensão e luz.
Lutaram contra estereótipos sobre o significado do seu lugar. Levantaram o dedo, riram-se e insurgiram-se, entraram nos bares e pegaram no microfone, escolheram amantes e tiraram as fitas cor-de-rosa, falaram sobre si falando sobre outras mulheres, disseram o que queriam usando todas as conjugações. Mas, na verdade, são contextos que assinalam sobressaltos no chão das sociedades, tão persistentemente obstinadas em repetir-se a si mesmas.
A inquisitorial caça às bruxas, a escravatura, a entrada da mulher na ciência, enquanto artista, ou a possibilidade de discursar sobre o sexo e os imaginários eróticos, os manifestos de repúdio sobre a objetificação do corpo encontram-se aqui refletidos.
Terminamos com uma abordagem aos territórios que são essencialmente definidos a partir da ideia de trabalho. À escolha dos 12 trabalhos para esta História ilustrada das mulheres presidiu, em primeiro lugar, a vontade de denunciar a construção do trabalho enquanto revelação de género.
Desde sempre os trabalhos foram distribuídos sob o princípio da separação, e também da hierarquização. Como escreveu Alexandra Kollontai, o processo de divisão sexual de uma sociedade foi sempre o ponto central do seu processo cultural e político.
Ora, o controlo da economia sexual feminina marcou a relação das mulheres com o mundo, reservando a sua libido para a domesticidade e a reprodução. Os trabalhos destinados às primeiras incorporaram-lhes gestos, esforços e feridas determinadas, gerando uma espécie de crosta de reconhecimento da sua existência.
Às mulheres induziram os trabalhos reprodutivos, afastando-as dos produtivos e criativos. Neste ramo falaremos das mulheres no território das fábricas, da da domesticidade, da justiça, do ensino, da costura, da dança, do atletismo ou do shopping.
Não adianta esconder o quanto a palavra Fêmea, que dá nome ao título, se tornou anátema nos nossos dias. Neste livro, a palavra é exatamente a renúncia daquilo que a limita e que legitimou as maiores violências.
É a possibilidade de usar a palavra livremente depois de terem condenado tantas mulheres a serem pouco mais que a biologia do seu sexo. Usamo-la para a subverter, desdobrar, multiplicar e poder ansiar a pretensão de neste livro poderem estar contidas histórias que afetaram, de uma maneira ou outra, todas as mulheres do mundo. Julgámos que nela cabia um mundo inteiro que se transforma, macula, mantém, sobrevive e reivindica.
Fêmea é o rastilho que potencia o múltiplo feminino.
O livro é composto de uma última parte que dá voz a testemunhos de vida narrados na primeira pessoa. As últimas páginas de Fêmea dedicam-se à narrativa de um conjunto de histórias de vida de um conjunto de mulheres do presente que se recontam, olhando para si e para as mulheres e homens à sua volta.
[1] Ilustração: Ana Biscaia, textos: Inês Brasão. Fotografia de Ana Biscaia: Ali Matay.
6-7 de dezembro de 2019 – Universidade NOVA de Lisboa
Dossier proposto por André Samora Pita em Janeiro de 2018 à Associação Mural Sonoro para publicação, realizado pelo próprio, e publicado no portal Mural Sonoro. Conta com duas entrevistas exploratórias em Junho do mesmo ano. Tem Afonso Miguel Guerreiro (actor, encenador e ex bailarino) e Emerson Pessoa (investigador) como interlocutores.
O presente dossier tinha como tópico base retratar percursos de atores, atrizes e outros géneros que a língua portuguesa não permite assim expor. Pessoas cujos únicos traços unificadores são a sexualidade e identidade de género não normativas.
“Tinha” porque, por motivos pessoais, não o poderei retomar. Do modo como termina conta com duas entrevistas: a Afonso Guerreiro e a Emerson Pessoa.
Afonso Guerreiro deteve um itinerário emblemático na vida cultural portuguesa, nomeadamente nos palcos, primeiro como bailarino e, depois, como ator. Contudo, nesta primeira entrevista, para além da sua vida profissional também revelou uma perspetiva daquilo que era a vida de um homossexual nos primeiros tempos da democracia portuguesa e os contrastes e continuidades com o tempo presente. A audição desta entrevista irá, sem dúvida, contribuir para quem querer compreender um pouco mais do que era esta realidade, especialmente em Lisboa.
Contrastando com a experiência artística de Afonso Guerreiro, surge a análise académica de Emerson Pessoa. Este explora as realidades de mulheres transsexuais brasileiras e as suas dificuldades na transição para o “velho continente” em busca de melhores condições, mas também de ascensão social. O seu contributo neste dossier revela igualmente como perceções sociais e culturais diferentes moldam o percurso de pessoas não normativas, sendo reforçados vários pontos que podem não ser logo aparentes. Sendo este áudio uma “convalescença” do seu trabalho, recomendamos a leitura daquilo que tem vindo a produzir em torno destas temáticas.
Com isto encerramos este dossier. Um projeto sincero que termina antes de explorar outras realidades (como as trans, as femininas e tantas outras que desafiam rótulos), mas mesmo assim uma tentativa de trazer outras questões para discussão. Agradeço aos dois entrevistados pela colaboração e aos que foram apoiando este trabalho quer com o seu interesse, quer com as suas críticas.
Obrigado.
André Samora Pita
Afonso Guerreiro iniciou o seu percurso em 1987 na Companhia Dança do Tejo, nele além da transmissão da sua vasta experiência, está, com certeza, uma parte da História da Cultura Popular de Lisboa e Almada dos anos 80 e 90 e é também disto que fala esta primeira entrevista.
Da chegada dos fundos europeus ao cavaquismo, dos primeiros anos no Conservatório de Dança e de Teatro ao Teatro de Revista, do 'boom' dos espectáculos de transformismo no Bairro Alto à importância de um conjunto de casas nocturnas, de que é exemplo o Frágil. De Passa por Mim no Rossio, Maldita Cocaína ou What Happened to Madalena Iglésias [1] (como escolas de crescimento artístico e pessoal) às experiências como bailarino, intérprete, actor, coreógrafo. Do teatro dito «erudito» e «sério» ao denominado «popular e de massas», onde o jocoso e político tiveram palco, marcando uma viragem para um conjunto numeroso de bailarinos, intérpretes e actores em Portugal, de áreas distintas, que confluíram nesses anos.
Também as questões relativas à sua vivência enquanto homossexual não são ignoradas. Tanto nas transformações sofridas na cidade de Lisboa, e a forma como as comunidades LGBTQ+ são agora interpretadas pela sociedade portuguesa, como ainda o impacto dos movimentos sociais na dinamização da mudança.
Créditos
Indicativo/música de Nuno Pereira;
Captação musical de Soraia Simões para Mural Sonoro (arquivo);
Fotografia de Alicia Gomes;
Entrevista conduzida por André Samora Pita.
[1] peças de teatro
Emerson Pessoa é um Antropólogo e Investigador brasileiro, nacido em Paulicéia-SP. Mestre em Ciências Sociais e professor na Universidade Federal de Rondônia. Neste momento encontra-se a fazer o seu doutoramento no ICS - ULisboa.
Nesta recolha de entrevista fala do que tem sido a sua pesquisa no seio das questões de identidade de género, direitos, capitais culturais, simbólicos e sociais no mercado de trabalho (como o da prostituição) no contexto de migração das mulheres trans, violência transfóbica e inclusivé policial, mas também no universo da construção de visibilidades da comunidade LGBTQ+ e invisibilidades.
Fotografia de António Pedro
Entrevista conduzida por André Samora Pita;
Indicativo/música do dossier de Nuno Pereira;
Captação musical para o indicativo de Soraia Simões para Mural Sonoro (arquivo).
(c) 2018 Direitos Reservados Associação Mural Sonoro, dossier (Des) normatizar
Parte da comunicação de Soraia Simões em áudio no âmbito do Colóquio Reinventar o discurso e o palco: o RAP entre saberes locais e olhares globais organizado pela Bloco4 Foundation na cidade de Maputo no passado dia 9 de Novembro. Inclui algumas fotografias do trabalho de campo entre 2012 e 2016 e temas de alguns dos grupos referenciados, creditados no vídeo:
temas-chave: a emergência do RAP em Portugal, 1986 - 1998, as mulheres no RAP, relações de poder, identidades, teor social e performático dos repertórios
O Colóquio contou com as parcerias da Universidade Eduardo Mondlane, do Centro Cultural Brasil-Moçambique (onde decorreram as apresentações deste painel), o Mural Sonoro, a Rede Brasil Cultural, a Queen’s University Belfast e a Rádio Clássico HipHop Time.
2 episódios web
CLOSE UP - PUNKS NOT DEAD (1977 - 2017)
NEVERMIND de Paulo Moreira aka Boris Fortuna (Faculdade de Belas Artes, Univ do Porto)
20 de Novembro a 10 de Dezembro de 2017, Átrio principal da FCSH NOVA
Organização: Instituto de História Contemporânea
Curadoria: Soraia Simões (IHC - FCSH NOVA, Mural Sonoro)
Entidades parceiras: FCSH, IHC, Mural Sonoro
No ano em que se comemoraram quarenta anos decorridos do, designado pelos seus principais protagonistas como, movimento Punk, a exposição/Instalação CLOSE UP – punks not dead apresentava um conjunto de desenhos instalados na sua maioria de grandes dimensões onde se apontavam como territórios de exploração os fenómenos associados ao consumo, à acumulação e ao excesso, numa era em que se cria e actua a partir de «uma visão positiva de caos e complexidade» (Bourriaud). A alusão ao PUNK enquanto fenómeno cultural e político inspira uma reflexão sobre as heranças deste movimento, a sua influência no âmbito social e estético. Como fenómeno criativo, bem como das ideias de caos, excesso e consumo; características da contemporaneidade, actualmente eivada pelos prodígios da globalização, mas que na sua emergência (década de 1970) se enredava pela acção e postura contra determinado establishment e o emergir de uma nova modernidade (...).Numa paisagem saturada de sinais, ao artista plástico é dada a possibilidade de criar por novas vias novos formatos, territórios que exploram os vínculos existentes entre o texto e a imagem, o tempo e o espaço. O artista transcodifica e transpõe a informação de um formato para outro, errante na história e na geografia, a partir do caos quotidiano, através da dobragem e reprodução, ou duplicação. No seu conjunto, a instalação apresentava-se como peça única em forma de MURO, elemento arquitectónico determinante de uma visão dúplice de planos, à lembrança os discos de vinil: das suas capas em particular. A forma do trabalho expressa um curso, uma errância, e não um espaço-tempo fixo. A narrativa segue num percurso circular sem início nem fim. Por outro lado, a ideia de MURO constitui-se por si como espécie de «altar memorabilia» onde, de forma aparentemente aleatória, automática, lembrando os cut-up de Burroughs, se organizavam os diversos elementos e desenhos. Do mesmo modo, as correspondências quanto aos materiais utilizados, fotocópias, papel de fotocópia, fita adesiva, cartão, bolsas de plástico, vinil autocolante, entre outros, bem como o próprio processo de construção, idealizavam as vivências do quotidiano e os processos de acumulação a elas associados, num tempo marcado pela globalidade relacional, as ligações em rede, os ideais de consumo, enfim, os rituais sociais da modernidade actual (Soraia Simões de Andrade, folha de sala). Artista: Paulo Moreira, Curadora: Soraia Simões de Andrade. Organização: IHC/AMS
Parcerias: Mural Sonoro, Instituto de História Contemporânea, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa.
NOTA: Folha de sala e outras surpresas durante a exibição
A Associação Mural Sonoro associa-se ao seminário História e Memória: cultura hip-hop na cidade de Maputo, a realizar-se no dia 14 de Setembro (próxima quinta-feira), das 15h às 17h, na Fortaleza de Maputo.
O principal objectivo deste seminário consiste em reunir académicos, artistas e profissionais de meios de comunicação a debater e reflectir sobre história e memória no universo do «hip hop» produzido nos últimos anos na cidade de Maputo, por via de uma abordagem transdiciplinar sobre a temática nos diferentes campos do saber.
A Bloco 4 Foundation, conta com a parceria da Associação Mural Sonoro, na promoção deste seminário.
Acontecerá na cidade de Maputo, Moçambique, na U.E.M (Campus Universitário Principal Av. Julius Nyerere, nr. 3453 Maputo, Moçambique) no próximo dia 30 de Agosto, pelas 14.30, o Seminário público da Bloco 4 Foundation, intitulado “OS MUROS ESTÃO MUDOS? (RE) PENSANDO O DIREITO À CIDADE NA LENTE DO ARTIVISMO”. O Seminário conta com parceria do Mural Sonoro e da Rádio AfroLis e terá como oradores Shot B ( Rapper e Grafiteiro) e Tirso Sitoe (Director executivo da BLOCO 4 FOUNDATION e investigador).
A moderação será feita por Baltazar Muianga ( Departamento de Sociologia da UEM).
Resumo
Nos últimos anos, na cidade de Maputo, encontramos grupos que atuam em diferentes frentes ou formas de artivismo que se pautam pela ideia de ocupação temporária dos muros ou paredes no espaço público urbano. Suas atividades, algumas vezes, centram-se na necessidade de dar valor de uso a estes espaços, mesmo quando deparados com fricções institucionais ou de indivíduos que operam na centralidade do poder político e concebem o “grafitte” como sendo cultura “marginal”, pelo facto de estar voltada à denúncia de vulnerabilidade social e que atenta contra a ordem ideológico-político instituída. Dentro deste contexto, pretende-se, com o presente seminário, tomar um ponto de partida para (re) pensarmos o direito à cidade através do grafitte. Este exercício implica na verdade, compreender o modo como a trajetória artística, a temática dos murais, os lugares onde são projetados, e o tipo de técnica usada, constroem no imaginário urbano e social dos indivíduos, formas de existenciais da própria cidade.
Tirso Sitoe
audiolivro RAPublicar. A micro-história que fez história numa Lisboa adiada: 1986 - 1996 de Soraia Simões, editado sob a chancela da Editora Caleidoscópio, 6 de Junho em Lisboa pelas 21.00, na Livraria Ler Devagar. Com a autora, Otávio Raposo (Investigador, ISCTE), Djone Santos (músico integrante do grupo Karapinhas que acompanhou o rapper General D ao vivo e em estúdio, autor), Jorge Ferreira (Editora Caleidoscópio). No Porto, dia 16 de Junho, 21.30, na Gato Vadio. Com a autora, Ace (Mind da Gap) e Jorge Ferreira (Editora Caleidoscópio).
com curadoria de Soraia Simões de Andrade
PT
Colóquio Internacional: “Variações sobre António. Um colóquio em torno de António Variações”
Data: 7 e 8 de Dezembro de 2017
Local: Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
Com apenas dois LP’s, editados em 1983 (Anjo da Guarda) e 1984 (Dar & Receber), António Variações – nascido em 1944, com o nome de António Joaquim Rodrigues Ribeiro, e falecido em 1984 –, tornou-se um caso de estudo na música popular portuguesa, quer pelo cunho fulgurante do seu impacto, quer pelo rasto duradouro que deixou, manifesto em várias homenagens coletivas em disco, ou ao vivo, num «disco póstumo» (Humanos, 2004) elaborado por um conjunto de músicos portugueses a partir de maquetes de canções suas gravadas em cassetes, ou na importante biografia publicada por Manuela Gonzaga em 2006 (António Variações. Entre Braga e Nova Iorque, Âncora Editora).
A música, as letras das canções, a imagem, os vídeo-clips, tudo isso tem contribuído para que a presença de António Variações na cultura portuguesa não se tenha desvanecido, continuando, pelo contrário, a alimentar a imaginação do público. Tão importante como tudo isso, porém, é o paradigma que Variações representa na cena portuguesa dos anos 80, bem sintetizado pela frase, que terá dito ao produtor do seu primeiro disco, para enunciar o lugar estético em que via a sua música: «Uma coisa entre Braga e Nova Iorque». A frase não sugere um ponto de equilíbrio que seria, aliás, impossível de garantir; pelo contrário, parece enunciar uma pulsão de desequilíbrio ou de fabricação, não garantida por uma estabilidade identitária prévia – seja ela a da «cultura tradicional» ou a do «cosmopolitismo» –, para qualquer projeto de criação de uma versão moderna do popular, neste caso em Portugal. Nesse sentido, o percurso biográfico de Variações (que interioriza o típico percurso de um homem português da segunda metade do século XX, da aldeia à capital, à Guerra Colonial e à emigração) parece pressupor uma demanda, desde as origens minhotas a Lisboa e, depois, a Londres, Amesterdão, Nova Iorque, etc., mas uma demanda de algo que se produz, fabrica e falsifica pelo caminho, sem ceder a qualquer ilusão de um «encontro pleno com a alma» da cultura portuguesa ou do sujeito com as suas «raízes» e com a sua «verdade profunda», também ela objeto de uma encenação queer no limite do kitsch ou do camp, dando assim a ver, em modo espetacular, a identidade como recodificação. E isso é também reconhecível nas extraordinárias letras que Variações escreve para as suas canções, que oscilam entre uma versão fulgurante da poesia popular e a reinvenção literária que o leva a musicar, por exemplo, Fernando Pessoa.
Falar de António Variações é, pois, falar sempre de muito mais do que apenas das suas canções, já que não custa ler na sua obra e na forma como performatiza a sua identidade (pessoal e coletiva) algo que nos ajuda a ler Portugal na segunda metade do século XX, da música e da poesia à cultura, à sociedade e ao estado do «corpo político».
O colóquio «Variações sobre António» propõe-se, pois, estudar quer a obra do compositor e cantor, quer aquilo que nela é sintoma de fenómenos mais vastos – um deles, e dos mais importantes, a forma como a cultura portuguesa posterior à Revolução de 1974 tenta sintonizar-se / dessintonizar-se com o mundo exterior e, em particular, com a cultura e civilização saída dos anos 60, sobretudo aquela latamente designável como pop. O colóquio é uma proposta do Programa de Doutoramento em Materialidades da Literatura e da área de Estudos Artísticos, ambos da FLUC. O colóquio conta, neste momento, com o apoio do Centro de Literatura Portuguesa, do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX, do Teatro Académico de Gil Vicente, da Rádio Universidade de Coimbra e do Jazz ao Centro Clube.
São entidades parceiras do colóquio o projeto Keep It Simple, Make It Fast, coordenado por Paula Guerra, o Núcleo de Estudos em Género e Música, coordenado por Paula Gomes-Ribeiro, e o Projeto Mural Sonoro, coordenado por Soraia Simões. Estas entidades estão representadas na Comissão Científica do colóquio.
O colóquio, que terá lugar na primeira semana de Dezembro de 2017, nos dias 7 e 8, poderá durar três dias, em função do número de comunicações, sendo as inscrições pagas. O colóquio é pensado sobretudo para as seguintes áreas disciplinares: musicologia, estudos artísticos, estudos literários, estudos intermédia, estudos culturais, ciências sociais, média e comunicação, história contemporânea.
Convidamos investigadores a apresentarem comunicações que explorem o seguinte temário:
1. A música de Variações, entre o rock português, o pop, o fado e o folclore
2. As letras de Variações: da poesia popular (ou fake) às letras pop
3. Texto & Som, Imagem & Corpo: performance e intermedialidade em Variações
4. Identidade, resistência e excesso: o queer, o glam e o camp
5. Discos: produção; indústria discográfica
6. Produção e gestão do impacto mediático de Variações
7. Cultura e sociedade no Portugal de Variações
8. Legado e reinvenção de Variações
As propostas de comunicação devem ser apresentadas até ao próximo dia 16 de junho de 2017, através da plataforma EasyChair (https://easychair.org/conferences/?conf=cv2017). Podem ainda ser propostos painéis de três comunicações. As propostas de comunicação deverão ter entre 500 e 1000 palavras (incluindo referências). O resultado da avaliação das propostas será comunicado até 16 de julho de 2017. São aceites propostas em português, inglês, espanhol, francês e italiano.
O colóquio terá uma programação complementar, na área dos concertos e performances. No primeiro caso, a organização desafiará músicos e bandas da zona de Coimbra para reinventarem a música de Variações, num concerto a ter lugar no TAGV. No que toca à performance, está disponível uma Call for Performances subordinada ao título «Variações performáticas sobre António», vindo as performances selecionadas a ter lugar na Sala do Carvão, do Edifício das Caldeiras da Universidade de Coimbra, e no Salão Brazil. (por Comissão Organizadora, in sítio Colóquio Internacional «Variações sobre António» on-line)
grafismo no espaço on-line do colóquio
INGL
The conference «Variações sobre António» is intent, therefore, on studying not only the work of the singer-songwriter but also what in it relates to far-reaching phenomena: one of which (and perhaps amog the more important) is the ways by which the post-1974 revolution portuguese culture tried to be in and out of sync with the outside world and, specifically, with the culture and civilization that had emerged out of the 1960’s, mainly the one broadly referred to as pop. The conference was devised by the Doctoral Program in Materialities of Literature (Programa de Doutoramento em Materialidades da Literatura) and of the Arts Studies field of study, both of FLUC (University of Coimbra, School of Arts). It is currently backed by the Center for Portuguese Literature (Centro de Literatura Portuguesa), by Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX, Teatro Académico de Gil Vicente, Rádio Universidade de Coimbra and Jazz ao Centro Clube.
Other partners of the conference are: project Keep It Simple, Make It Fast, headed by Paula Guerra; Núcleo de Estudos em Género e Música, headed by Paula Gomes-Ribeiro; and the project Mural Sonoro, headed by Soraia Simões. All of the aforementioned entities will be represented at the conference’s Scientific Committee.
The conference will take place on the first week of December 2017 (7th and 8th), and it may extend to three days depending on the number of participants. Inscription fees will be requested. The conference was sketched as comprising as main targets the following disciplinary fields: musicology, arts studies, literary studies, intermedia studies, cultural studies, social sciences, media and communication, contemporary history.
We invite researchers to present talks exploring the following thematic range:
1. Variações’ music, between portuguese rock, pop, fado and folk
2. Variações’ lyrics: from popular (or fake) poetry to pop lyrics
3. Text & Sound, Image & Body: performance and intermediality in Variações
4. Identity, resistence and excess: queer, glam and camp
5. Records: production; record industry
6. Production and handling of Variações’ media impact
7. Culture and society in Variações’ Portugal
8. Legacy and reinvention of Variações
Conference proposals should be rendered until June 16, 2017, through EasyChair (https://easychair.org/conferences/?conf=cv2017). Pannels up to three lectures can also be suggested. Lecture drafts will have 500 to 1000 words (including references). The results of the evaluation will become public by July 16, 2017. Proposals in portuguese, english, spanish, french and italian will be accepted.
The conference will display a side, complementary program, comprising a concert and performances. As to the first item, the Organising committee will challenge bands around the Coimbra area to reinvent Variações’ music in a concert to take place at TAGV; as for the performative side, a Call for Performances is available, under the title «Performatic variations on António» (the selected performances will take at Sala do Carvão, at Coimbra University Bolier House, and at Salão Brazil. (in CESEM - FCSH NOVA on-line)
(...) projecto pioneiro sobre música feita em Portugal (...)
Nuno Pacheco, Público jornal, 26 de Outubro de 2016)
A Associação Mural Sonoro sugere e junta-se a esta apresentação
Cavaquinho Cantado de Daniel Pereira Cristo com o apoio da Associação Mural Sonoro, dia 14 no Theatro Circo - Página Oficial em Braga.
Cavaquinho e voz: Daniel Pereira Cristo | Bandola e coros: Diogo Riço | Percussões: André No | Contrabaixo: David Estêvão | Som e produção musical: Hélder Costa | Som: Diogo Cocharro | Desenho de luz: Sérgio Lajas | Convidados: André Ramos (viola braguesa), Catarina Valadas (flauta e voz), Luís Almeida (voz), Nuno Sousa (voz), Mário Gonçalves (bateria), João Conceição (percussão)
Onde comprar bilhetes? Ver aqui >>>
Já conhecem o Jardim do Caracol da Penha?
Se não sigam a sua página aqui no Facebook para ficarem a conhecer.
O Caracol da Penha é ''o último vestígio de uma vivência rural que outrora existiu nesta zona hoje densamente urbanizada de Lisboa. Esta memória rural está patente nas múltiplas árvores de fruto que ocupam os socalcos desta antiga quinta de 8.000 m2 – um espaço que nós queremos que seja de todas as pessoas''.
O projecto para a construção de um parque de estacionamento é pela primeira vez apresentado em público, confirmando a exiguidade das zonas disponibilizadas para usufruto da população.
A Associação Mural Sonoro e outras organizações locais estão com o movimento pela criação de um Jardim e preservação deste espaço verde. E vocês habitantes e visitantes de Lisboa? Vão deixar que isto aconteça?
Hoje o meu/nosso bairro sai à rua reivindicando um jardim em detrimento de mais um parque de estacionamento - Jardim do Caracol da Penha. A Associação Mural Sonoro juntou-se ao repto com a vizinhança. Na Padaria Saudade encontrarão uma exposição em vídeo durante o dia de conversas que mantive com pessoas que aqui vivem ou trabalham desde 1926 intitulada ''Memórias do Bairro'', encontrarão nela um pequeno texto que escrevi acerca da importância da memória e da sua relação com o espaço físico de vivência e encontro.
O Movimento pelo Jardim do Caracol da Penha reúne todos e todas num roteiro cultural que pode ser aqui consultado: http://www.caracoldapenha.info/copy-of-quem-somos
A iniciativa surge depois de, em Setembro, a maioria dos moradores de Arroios e Penha de França ter rejeitado a intenção da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) de construir, na encosta da Penha de França, um parque de estacionamento. Pede-se a requalificação do local para a criação de um jardim público.
Juntem-se, assistam e participem. (Soraia Simões, Assoc.Mural Sonoro)
O programa , aqui >>>>>
O projecto RAPortugal 1986 - 1999 contou, além do Ciclo de Conferências e Debates com início a 7 de Setembro de 2016 e termino a 22 de Janeiro de 2017, com uma série de actividades que resultiu da parceria da Mural Sonoro e da Associação Cultural Moinho da Juventude no âmbito do projecto RAPortugal 1986 - 1999. Aconteceu em escolas e espaços culturais da Reboleira, Amadora e Cova da Moura.
REALIZAÇÃO DE
Flávio Almada, Jakilson Pereira
Produção: Associação Mural Sonoro, co-produção: Associação Cultural Moinho Da Juventude, Câmara Municipal de Almada, Escola Intercultural das Profissões e do Desporto da Reboleira, FIAR.
(Re) educar através do RAP: Reacção Através da Poesia
PROGRAMA
Tema: Descrição da realidade através da palavra
Formadores: Flávio Almada, Jakilson Pereira
Participantes: 12 - 15 anos
Espaço: Associação Cultural Moinho da Juventude
8 de Outubro
a partir das 15:00
Jakilson Pereira fotografia
3 de Novembro
a partir das 15:00
Tema: Poesia de periferia?
Formador: Flávio Almada
Participantes: 12 - 15 anos
Espaço: Escola Intercultural das Profissões e do Desporto (Reboleira)
História Oral com LBC Soldjah (2012)
Flávio Almada
Flávio Almada, nasceu em São Domingos, Santiago, Cabo Verde, em 1982. É licenciado em Tradução e Escrita Criativa pela Escola de Comunicação, Arquitectura, Artes e Tecnologias da Informação (Lisboa) em 2013 e mestrando em Estudos Urbanos na FCSH/ISCTE. Há catorze anos que reside em Portugal e durante esses anos trabalhou em projetos ligados ao Desenvolvimento artístico e cultural, Cidadania e Educação Cultural, Economia solidária, Inclusão Digital, Coesão e Inclusão através da Arte, Desenvolvimento Comunitário em várias localidades da Área Metropolitana de Lisboa. É Mc’s (Rapper), ativista político e Membro da Direção e colaborador da Associação Cultural Moinho da Juventude.
História Oral com Hezbó MC (2012)
Jakilson Pereira
Licenciado em Educação Social pela Escola Superior de Santarém/Instituto Politécnico de Santarém e mestrando em Educação e Sociedade no ISCTE, possui formação complementar diversa, nas áreas da cidadania e intervenção juvenil. É técnico superior de educação social na ACMJ, onde desempenhou diversas funções desde 2011.
Desde 2011, é responsável pela Biblioteca António Ramos Rosa e administrador do Balcão do Cidadão de Cabo Verde na Associação Cultural Moinho da Juventude, emite: registo criminal, certidão de nascimento, certidão de casamento, certidão de óbito, certidão de perfilhação, sendo este um dos serviços que integra o núcleo de apoio à documentação e apoio jurídico da associação. O desempenho destas funções tem-lhe dado, entre outros aspectos, grande prática e proximidade com o Serviço de Estrangeiro E Fronteiras e Conservatória do Registo Civil para pedido de nacionalidade Portuguesa.
Colabora com Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra no Projecto “Alice” - Colóquio Internacional Epistemologias do Sul, desde 2014.
Mural Sonoro, a parede virtual onde se vai afixando (também) a história do rap, Público Jornal, 26/10/2016
versão impressa, Nuno Pacheco in Público, 26/10/2016
versão on-line: https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/mural-sonoro-a-parede-virtual-onde-se-vai-afixando-tambem-a-historia-do-rap-1748806