Edições AH!
Viewing entries in
Associação Mural Sonoro 1
Conversas anartísticas sem guião pontuadas por histórias e músicas com Bruno Peixe Dias e Soraia Simões de Andrade.
Acúleo, 29 de Julho, a abrir o microFIAR 2023
A censura' da linguagem e as linguagens da censura: ecos portugueses das guerras culturais
com Pedro Schacht Pereira
Associação Mural Sonoro Corpos sociais
SUEÑOS EN CAUTIVERIO (5thMay - 5th July) by Anastasiia Parshina
exhibition/performance, presention: 5thMay - 6pm - 8pm at AH! Calçada de Sant’Ana 169 R/R, Lisboa
A prova do Vácuo por Elagabal Aurelius Keiser (texto) e pintura que acompanha esta prosa-manifesto
Viviane Mosé e Orlando Farya
Duas Culturas, por Eugénio Lisboa
(S)EM TERRA de Laura do Céu (texto) e Lena Muniz (desenhos), recensão crítica ao vivo de Luís S Branco e performances de Mariana Sevila (ESTC) e de Fernando Ramalho (Tigre de Papel)
Convite: Editora Caleidoscópio (PT)/ chancela: Oro e Atelier A Fábrica, Coimbra
Um podcast sobre mulheres na música, papéis, reportórios de luta e resistências...
Este podcast corresponde a uma parte de um trabalho de campo
Autoria, textos e edição de Soraia Simões de Andrade,
Ilustração de João Pratas,
Indicativo de Amélia Muge,
Design de som de A.José Martins e Paulo Lourenço
Esteve em acesso gratuito durante dois anos, considerado pela Universia, «um dos melhores podcasts nacionais»
Evento de UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta, Centro de Cultura e Intervenção Feminista (CCIF/UMAR) e Centro Estudos Galegos -Universidade Nova Lisboa
Evento online
Quinta-feira às 18:00 UTC
Preço: grátis
Público · Qualquer pessoa no Facebook ou não
Pelo Fio dos Versos
Amélia Muge e Filipe Raposo
Este concerto é o ponto de partida, para, tendo como referência o nosso amor à poesia, partilharmos uma viagem pelo fio dos versos convocando, através das palavras e da música, poetas, histórias, formas de ver, sentir, ouvir, tocar e cantar o mundo. Não é uma vacina, mas faz bem à saúde. Ondula como um canto o poema. Cria mapas, pinturas sonoras, ecoa em nós no fundo de uma palavra, de uma pausa, de um silêncio, de um grito mudo que fica ali, à espera de nós, para nos sair pela boca fora, como quem respira. São as palavras dos poetas, que quando nos tocam se libertam, qual pássaro preso numa gaiola de sons, circunscrito ao espaço fechado da página, no momento em que um olhar, uma garganta, uma mão no piano, abre a gaiola e as sentimos na boca, no palavrar; no hálito da terra.
Amélia Muge e Filipe Raposo vão trazer alguns dos poetas que gostam de ouvir e ver. Sentem-se com eles. À escuta. É uma mesa cheia de apetites. Sirvam-se e repitam do que quiserem. É uma mesa farta onde todos têm lugar.
Ela canta. Ela canta. É uma voz da terra, é uma voz das veias
Seria talvez um músculo sombrio, um ombro preso a um muro
Agora canta lentamente e é um monte sublevando-se
Uma coluna ondula e o seu volume cresce com o hálito da terra
É uma voz que canta com as secretas fontes do corpo
Com as pálpebras, com as pupilas, com os braços côncavos
E é como se reunisse em voluptuosas braçadas
as grandes flores do vento, as lentas anémonas do mar
Essa voz tem a nudez sombria de um afectuoso felino
e nasceu talvez da respiração quando dilatou o ventre
para libertar os tumultuosos arcos
que ela modela ao ritmo das sombras
e das lâmpadas vegetais entre os seus flancos azuis
António Ramos Rosa, sobre o canto de Amélia Muge
no prelo Revista Mural Sonoro Nº 2 Setembro 2020
TRUST-PAULO MOREIRA (18 de Maio a 30 de Setembro), curadora: Soraia Simões de Andrade
Subterrâneos da Precariedade, documentário de Luís Monteiro